Diablo III foi lançado com estrondo e de forma polêmica para PCs, mas chegou aos consoles com muito brilho recentemente. E agora o título Reaper of Souls — a primeira expansão de D3 — foi mostrado com bastante destaque pela Blizzard durante a grandiosa BlizzCon 2013, evento que ocorreu nos dias 8 e 9 deste mês no Anaheim Convention Center, na Califórnia (EUA).
O BJ esteve lá e tivemos a oportunidade de brincar com a versão demonstrativa da expansão tanto no PC quanto no PlayStation 4. Para os fãs do game original, o novo título é uma excelente chance de ficar ligado nas mudanças drásticas em certas mecânicas de jogo e conhecer as demais novidades, como a classe Cruzado e os novos inimigos. Para os iniciantes, é uma grande oportunidade de conhecer um Diablo III já aprimorado.
Empolgação na pancadaria
O Cruzado, classe disponível apenas para quem adquirir a expansão de D3, é um belo convite para começar a jogatina. Confira a descrição oficial apresentada pela Blizzard:
“Os Cruzados são guerreiros da justiça endurecidos por anos de combate incessante e brutal contra os males que assolam o leste de Santuário. Além de usar armaduras pesadas e uma série de armas cruéis e implacáveis, essa nova classe emprega magia de batalha para fortalecer aliados e enfraquecer inimigos. O Cruzado é um tanque vivo com várias habilidades de combate a média distância e corpo a corpo e que acrescenta poder e versatilidade a qualquer grupo de aventureiros.”
De fato, a flexibilidade nas ações do novo personagem é um atrativo de peso. Conhecido como Crusader (em inglês), o herói é igualmente intuitivo no que diz respeito tanto a comandos de ataque quanto a mecanismos de defesa. De forma geral, os controles se mostraram muito confortáveis, ainda mais no game para PS4.
Além disso, a “herança informal” com a classe Paladino — nostálgica para os fãs da série — é um grande diferencial da expansão. O que você acha de arrebentar tudo e todos com magias clássicas como Fist of the Heavens, capaz de destroçar oponentes numa pequena área com estrondo?
Já as criaturas inimigas adicionam uma pitada de diversificação na experiência com animações brutais e expressivas. É interessante acompanhar a representação visual das batalhas travadas contra monstros já conhecidos (que possuem novas habilidades), o que alimenta ainda mais a curiosidade para conferir os adversários inéditos, como a Senhora da Morte e os Arqueiros e Escudeiros Fantasmas.
Falando em gráficos, Reaper of Souls se mostrou bastante sólido e convincente, levando em conta que estamos falando de um pacote de expansão. Há falhas, como na animação de chuva (meramente cosmética e que não causa “efeitos molhados” em objetos na tela), mas não podemos esperar um realismo ferrenho de um RPG cujo foco é a acessibilidade. Dessa forma, não seria errado afirmar que o trabalho de arte e a atmosfera geral são mais relevantes que os gráficos em si.
Para perder a hora
É inevitável focar um pouco mais na experiência com a Demo para PS4, pois ela foi a mais duradoura nos testes do BJ. E pode-se dizer que é bem fácil perder a hora jogando, mesmo com o tempo limitado da versão demonstrativa liberada no evento. Jogamos mais de uma vez com diversas pessoas, incluindo companheiros da mídia brasileira.
Na plataforma da Sony, Reaper of Souls faz uso do painel de toque do DualShock 4 com atalhos de comandos e conta também com um modo offline, “projetado para aproveitar a ação rápida dos consoles”, segundo a Blizzard. Há ainda indicadores coloridos no controle para cada jogador no modo cooperativo local.
Aliás, é possível se aventurar em um grupo de quatro pessoas tanto localmente quanto online. Na versão final do jogo, a PlayStation Network permitirá conexão com amigos, convites para partidas e bate-papo por voz. No PC, haverá atualizações no sistema social (que incluirá Clãs e Grupos).
Reaper of Souls, tanto no PS4 quanto no PC, ainda conta com:
- Sistema de pilhagem — Loot — reprojetado, chamado de Loot 2.0 pela Blizzard e focado na justiça no oferecimento de itens por monstros derrotados e baús/similares;
- Modo Hardcore: morreu? Então diga adeus ao seu personagem;
- Um novo Ato na história: Ato 5, com a cidade lendária de Hespéria e os salões ancestrais da Fortaleza Pandemônio, locais-chave na saga que foca o temível Anjo da Morte, Maltael;
- Seis classes à escolha: Bárbaro, Caçador de Demônios, Feiticeiro, Monge, Arcanista e a recém-anunciada Cruzado, sendo que mesmo as classes originais possuirão novidades nas habilidades e feitiços;
- Nova artesã, Mística, para personalizar a aparência dos heróis e aprimorar o poder dos itens;
- Modo Aventura, no qual todos os marcos de senda — Waypoints — encontram-se desbloqueados e dois modos de jogo serão oferecidos: Partidas de Pilhagem (ou Fendas Nefalem), “para testar sua coragem em masmorras de 10 a 20 minutos com áreas, monstros e chefes aleatórios”; e Caçadas, nas quais o gamer precisa completar objetivos específicos nos desafios propostos e recebe Gratificações;
- Nível máximo aumentado para 70;
- Melhorias nos níveis de Excelência (pós-nível 70; em inglês, chamados de Paragon): não há mais limite máximo. Os níveis são compartilhados entre todos os personagens da conta e os pontos de Excelência são adquiridos sempre que os jogadores passam de nível. Esses pontos podem ser gastos para incrementar vários atributos em quatro categorias diferentes: Atributos Principais, Ofensivos, Defensivos e Aventura. Todos os personagens da sua conta têm sua própria versão dos pontos alocados, que podem ser realocados a qualquer momento. É importante ressaltar que, segundo a Blizzard, “essas mudanças serão implantadas como parte de um patch pré-expansão e estarão disponíveis para todos os jogadores”;
- Configurações de dificuldade atualizadas para Fácil, Normal, Difícil, Tormento, Demoníaco e Apocalipse, que poderão ser acessadas a qualquer momento nos Modos Campanha e Aventura.
Além disso tudo, vale reforçar que a Casa de Leilões será removida do jogo em 18 de março de 2014 e não voltará em Reaper of Souls. Outro ponto interessante é que os gamers que adquirirem a expansão poderão jogar com quem não a possuir, mas o Ato 5 só estará disponível para quem tiver o novo pacote.
Mais do mesmo, mas...
Pois é, a sensação de “mais do mesmo” foi a que inicialmente tomou conta durante os testes... Porém, isso não significa algo negativo, não é? Afinal de contas, seria ruim se a jogabilidade fosse tão modificada a ponto de intimidar os fãs de D3 e da franquia. Pouco a pouco, você percebe que os novos monstros, os cenários inéditos, o Cruzado e as demais novidades apenas contribuem para conquistar o gamer.
No PC, a jogabilidade conta com as mesmas adições (com as óbvias diferenças já estabelecidas previamente em relação às versões de console). No entanto, pode-se dizer que o apelo do PS4 tanto na famosa “experiência de sofá” com até outros três jogadores ao lado quanto na facilidade das mecânicas em geral se mostraram mais atraentes do que o game para computadores.
O título será lançado em inglês, com versões localizadas em espanhol latino-americano, português brasileiro, francês, alemão, espanhol europeu, italiano, polonês, coreano, russo e chinês tradicional para Windows. No Mac, serão disponibilizados os idiomas inglês, francês e alemão.
Diablo III: Reaper of Souls será lançado somente no PlayStation 4 — numa edição chamada Ultimate Evil Edition, que já possui o título original — e no PC, mas ainda não possui uma data de lançamento definitiva. A Blizzard também ainda não ofereceu informações sobre classificação etária, sobre uma possível versão Beta ou sobre preços e edições especiais.
O JT viajou para a BlizzCon 2013 a convite da Blizzard.








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