“Há aí alguma indústria que se vale tanto do aproveitamento dos seus títulos antigos como a dos videos games?”, perguntou o produtor já anunciando a alfinetada que viria a seguir. “Comparado a outros meios, como a filmes, romances e histórias em quadrinhos, o excesso de franquias de remakes está em um nível ‘não natural’”, opinou Sakurai.
É preciso jogar
Mas as críticas do criador de Kirby não se restringiram a apontar a falta de criatividade por parte das produtoras de games. Durante a TGS, Sakurai foi um dos juízes da Game Designers Award, premiação cedida pelo governo japonês anualmente como parte do Japan Game Awards. “Quando começamos a julgar, houve bastante divergência e pensei que não iríamos selecionar um vencedor ao final”, disse o juiz.
“Contudo, acho que, no final, fizemos uma boa seleção, uma vez que há coisas no game que você não vê em lugar algum”, continuou Sakurai. O problema, conforme relatado ainda pelo executivo em entrevista à revista japonesa Famitsu, foi a falta de tempo para a jogatina verdadeira. “Eu e os outros juízes somos pessoas ocupadas, e temos dificuldade em arranjar tempo para os games”, admitiu Sakurai. “Se gastamos tempo vendo todos os grandes títulos – sem falar nos apps para smartphones –, não teremos tempo nos envolvermos com os jogos”.
O executivo deixou claro que os jogos apresentados em eventos do gênero merecem, invariavelmente, o reconhecimento por parte dos expoentes do universo gamer. O que foi ressaltado pelo produtor do esperado jogo aos consoles 3DS e Wii U foi a falta de criatividade da atual indústria de entretenimento eletrônico.
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